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Channel: O Farol de Metangula
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Pobreza franciscana!

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Não me agrada nada ver este blog às moscas, mas falta-me material para o alimentar. Os amigos que arranjei em Metangula têm um problema difícil de resolver, a falta de internet fixa e (pior ainda) a falta de dinheiro. Moçambique é um país pobre e não podemos alhear-nos disso. Não há maneira de mudar esse estado de coisas de um momento para o outro.
Quem esteve no Niassa sabe que o povo Nyanja vive na Pré-História cultivando a terra por meios artesanais e recolhendo da natureza aquilo que ela lhe oferece através da caça e da pesca. A sua única preocupação é garantir algo com que confortar o estômago, cada vez que o sol se levanta no horizonte. É uma luta diária que absorve todos os seus esforços e, para além disso, pouco mais lhes interessa.
A TDM espalhou telemóveis de norte a sul de Moçambique e faz uns preços acessíveis para a juventude ter com que se entreter. Computadores não há, nem dinheiro para os comprar, de modo que usam o telemóvel para tudo, desde fotografia a navegação na internet. E já descobriram, ou alguém lhes ensinou o caminho para, o Facebook. Mas aquilo que partilham nessa rede social tem muito pouco valor, pelo menos para aquilo que eu pretendo.
Até o «Jornal Faísca» de Lichinga (que apenas se apanha através do Facebook) é tão fraquinho de notícias que dá dó. Publica umas fotografias de vez em quando, a maior parte com caras de políticos, que pouco ajudam nos meus propósitos, pois só por milagre se referem a Metangula ou às outras povoações das margens do Lago que nós conhecemos.
Talvez a aproximação do período eleitoral, com uma mulher candidata pelo distrito do Lago, venha mudar um pouco este estado de coisas. Pelo menos assim espero!


A Vale Moçambique vai iniciar as obras de reconstrução da linha de caminho-de-ferro entre as cidades de Lichinga e Cuamba, ainda durante o mês de Maio. A linha terá uma extensão total de 268km.
De acordo com um responsável da equipa técnica da Vale Moçambique, citado pela Cargo News, no decorrer de uma audiência com o governador provincial do Niassa, já foi aprovada uma verba equivalente a 36,57 milhões de euros para financiamento desta empreitada, nomeadamente para a reparação da linha e das estações, bem como para a compra de locomotivas e carruagens.
Além da linha Lichinga/Cuamba, na província de Niassa, a Vale Moçambique vai ainda repor em funcionamento o troço entre Cuamba e Entre-Lagos, na linha Tete/Malawi/Nacala, na província de Nampula.
Os trabalhos de reconstrução terão a duração de 25 meses.
In «Vida Imobiliária» de 2013-05-17



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