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Channel: O Farol de Metangula
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Hora do bife!

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Nos bons velhos tempos, uma vaca custava 500$00 (2.50€ no dinheiro de hoje). Só era preciso ir à Chuanga, deitar-lhe as unhas e carregar com ela para cima de um jipão e entregá-la aos cuidados do Páscoa ou do Manel Ferreira. Pouco depois havia bifes na frigideira.
Estas que vêem na imagem estão com muito melhor aspecto do que essas que compramos com o dinheiro do rancho. Devem alimentar-se noutras condições e já não devem ter os leões atrás delas todas as noites. As outras eram pouco mais do que pele e osso. Também pelo preço de 2.50 Euros o que se podia esperar?!?!

Uma praia de luxo!

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Já publiquei cerca de 100 fotografias neste blog e um dia destes arrisco-me a repetir alguma. Mas como não tenho arranjado nada novo, só me resta ir insistindo com aquilo que tenho e esperar por melhores dias.
Quando comecei esta saga tinha esperanças de conseguir algumas fotos actuais vindas dos amigos do Niassa que arranjei no Facebook, mas o resultado é praticamente zero. Assim vou continuando até que alguma coisa aconteça ou perca a vontade.
Aqui abaixo podem ver 4 imagens da praia da Chuanga que é visitada pelas gentes de Vila Cabral (desculpem, Lichinga) agora com mais frequência uma vez que a ligação por estrada (alcatroada) já chega a Metangula. E dali até à Chuanga é só um pulinho. E agora que o inverno se aproxima sabe bem fugir do frio do planalto de Lichinga. No Lago é sempre verão!




Clique nas imagens para ampliar

Adeus ao Lago!

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Lembram-se da Catarina, aquela miúda do Porto que estava a trabalhar como voluntária ajudando as crianças de Lichinga, Cobué e Metangula? Pois já regressou a casa, mas antes de o fazer foi despedir-se do Lago Niassa (que deixa apaixonado quem por lá passa) e fez uma fotografia para o seu álbum de recordações.
Para o dela e para o meu também!

Agora é assim!

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Esta chapa foi batida em Abril/2012

Não sei se é melhor ou pior do que em Setembro de 64, quando lá cheguei. Mas uma coisa é certa, a guerra já é passado, enquanto que naquela altura era o futuro. Começou nessa data e durou 10 longos anos fazendo sofrer muita gente. Também me calhou uma pequena parte, felizmente sem consequências de maior. E ficaram-me algumas boas lembranças.
Neste local não havia nenhuma habitação nem estrada alcatroada. A planície que se estende até ao lago era uma machamba imensa, bem cultivada de milho e mandioca. Agora, embora possa estar enganado, parece-me coberta de capim. A aldeia cresceu, há casas espalhadas por toda a encosta do Tchifuli e daí até à praia.
Por estranho que pareça, só dentro da península propriamente dita é que pouco mudou. A Base da Marinha lá continua a funcionar, há meia dúzia de edifícios oficiais, a escola, a igreja e pouco mais. E enquanto o turismo não puxar por aquilo assim vai continuar.

Blue lagoon!

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Por mais fotos que publique aparece sempre uma nova com pormenores diferentes da anterior. Como é possível fixar esta cor tão azul e tão límpida da água do Niassa? Por erro da máquina usada para o efeito? Ou por qualquer milagre da natureza?
Nada disso. Como sabem a água é incolor e limita-se a reflectir a cor do céu que lhe fica por cima. Ou seja, o Niassa é lindo porque o céu, o clima, o ambiente que o rodeia é um espectáculo da natureza, uma beleza sem limites. Pena é ficar lá tão longe tão inatingível para todos nós que por lá passámos e ficámos apaixonados por ele.
Paciência, vamos vivendo de recordações!

De Macau... saudades!

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Sou obrigado a mostrar-me surpreendido por ver alguém de Macau registado nos visitantes de hoje. E ainda por cima mostrando uma bandeira que identifica o país. E eu que pensava que Macau tinha sido entregue (mal) à China pelos portugueses! Afinal ainda há uma réstea de esperança que a ditadura chinesa deixe aquela gente respirar um pouco em português.

Naquele cantinho do céu...!

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... faltam apenas alguns dias para o solstício de inverno, mas ali ninguém sente frio. Arrefece um pouquinho à noite, mas durante o dia pode fazer-se de conta que é verão e mergulhar nas águas frescas do Lago.


Ali, entre aqueles caniços, devem andar uns quantos jacarés de olho na canalhada que brinca descuidada. Vale-lhes que eles, os jacarés, não são muito atiradiços e por norma não atacam os humanos. Mas, nunca fiando, mais vale estar de olhos bem abertos!

Recordando a juventude!

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Tantas horas passadas de G3 em «Ombro Armas» a fazer guarda ao edifício que se vê à esquerda da imagem! Dentro de poucos meses completar-se-ão 50 anos sobre a primeira vez em que isso aconteceu.
Nesses tempos o embarcadouro do ferry-boat para a Katembe não era neste lugar, mas no porto velho, junto à capitania do Porto. Pode até ser mais funcional, mas acho que fica mal neste lugar.

As feras do Niassa!

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No norte de Moçambique andei pelo mato, porque a isso fui obrigado, sem pensar muito nas feras que me poderiam atacar. É claro que a minha primeira preocupação eram as minas e armadilhas deixadas pela Frelimo e as balas que a qualquer momento podiam chover de qualquer lado. Das feras sabia pouco e fazia por não pensar muito nisso. O primeiro professor que tive sobre estas matérias foi o 1º Tenente Zilhão que era quem mandava em Metangula quando lá cheguei. Dizia ele para termos medo do leopardo, pois era o único animal feroz que atacava apenas por atacar, só por termos invadido o seu território. Os outros limitavam-se a caçar para comer quando tinham fome e, de forma geral, afastavam-se quando lhes cheirava a homem. Aceitei como boa esta informação e, graças a Deus, nunca se provou que fosse falsa.
Por causa dos rebanhos de gado que havia na zona da Chuanga, não havia noite que não andassem por lá leões. Ouvíamos-los regougar ao longe, mas nunca nos apoquentaram quando andámos por aquelas paragens em operações. Embora andássemos sempre de arma em punho, duvido que conseguíssemos safar-nos sem mossa do ataque de um leão. Como dizia o "professor" Zilhão, eles sentiam-nos e punham-se na alheta. E ainda bem.
De jacarés também havia farturinha. O Tenente Saltão não anda já entre nós para lhe perguntar quantos caçou e esfolou para trazer as peles, mas não foram poucos. Felizmente também esses não nos chateavam muito. Passei muitas horas dentro de água, mergulhei vezes sem conta para apanhar os peixes que matávamos com granadas e nunca vi nenhum por perto. Se calhar, se os tivesse visto não estaria hoje aqui a contar-vos estas coisas.
Hoje esbarrei-me com esta foto na internet e lembrei-me destas coisas. Decidi partilhá-la convosco, especialmente com aqueles que também nadaram como eu nas águas do Lago Niassa.


O Paraíso Terreal!

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Nós, aqueles que gostam do Lago Niassa e de Metangula, achamos que aquilo é um cantinho do céu, o mesmo é dizer um Paraíso na Terra. Se assim é, parece-me o lugar ideal para soltar uma beldade que tenho aqui escondida no disco duro do meu computador e que terá mais utilidade correndo à solta por aquelas paragens de sonho. E pode ser que assim atraia mais alguém que queira fixar redidência por aquelas bandas e contribuir para o desenvolvimento da região.
Como eu gostava que isso acontecesse!


Cobué - O fim do mundo!

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Se não fosse pelas ilhas Likoma que se vêem na linha do horizonte eu nunca descobriria que esta foto foi tirada no Cobué. Não fui dos que passou muito tempo no Cobué, de facto apenas passei por lá uma meia dúzia de vezes e além do Colégio de S.Miguel não me lembro de coisíssima nenhuma.
Aqui fica a foto para aqueles que amargaram ali um pouco da sua juventude nos dias da guerra, para verem como as coisas estão hoje.

Como o tempo passa!

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Mais um mês é já decorrido desde que publiquei a última mensagem neste blog. O meu objectico de congregar à volta deste blog muitos dos que passaram por Metangula nos velhos tempos não foi atingido. A tentativa de arranjar um grupo de pessoas, em especial jovens, residentes no distrito do Lado, foi também um fracasso completo. Pensei que pudessem ajudar-me enviando fotografias para vermos como tem evoluido aquela terra onde passamos uma parte da nossa vida, mas ou não querem ou não podem e assim sendo nada feito.
Vou publicando aqui algumas fotos, novas ou antigas, e vou esperando que um golpe de sorte me ponha no bom caminho. Há tempos entrei em contacto com o jornal "Faísca" que se publica em Liching e consegui alguma coisa, mas não muito. Nota-se que é uma publicação pobre que vive, ou sobrevive, da carolice de alguns que nunca desistem. Mas como as únicas notícias que veicula são sobre política e a Frelimo não serve de grande coisa aos meus propósitos.
Admirem esta bela foto da península de Metangula, com o Tchifuli a servir de pano de fundo e um arco-íris de esperança anunciando um futuro mais risonho.


Dantes era assim!

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Mais de 50 anos depois, poucos se lembrarão já destas imagens e até mesmo do nome desta cidade. Resquício dum tempo que muitos querem esquecer, mas de muitas e boas memórias para muitos outros que não esquecerão nunca, eis a capital da província do Niassa, Lichinga como agora se designa.

A coisa agora vai!

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Chegou ao Niassa o primeiro dos barcos construído nos estaleiros de Peniche. Eu já andava admirado com a falta de notícias. Através do Facebook e da minha ligação ao jornal Faísca de Lichinga, lá consegui tomar conhecimento da notícia.


E que tal esta imagem da península de Metangula tirada a partir da ré do Chambo (assim foi baptizado o primeiro ferry-boat encomendado aos estaleiros navais de Peniche)? Uma maravilha que nos mostra que já existem algumas construções novas onde antigamente não havia nada.


Os velhos e novos tempos!

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Todos parecem lembrar-se do grande embondeiro que havia ao pé das oficinas da Marinha. Há dias apareceu no Facebook a foto que podeis ver abaixo e houve quem dissesse que se tratava desse embondeiro. Pela posição das montanhas que aparecem ao fundo eu estou convencido que não é o tal. Olhando para o recorte do Tchifuli, a foto parece ter sido tirada de uma pequena sanzala que havia atrás do pequeno hospital, perto do topo norte da pista.


Também houve quem aventasse a hipótese de tratar-se de um outro que havia no topo sul da pista de aviação. Desse não me lembro muito bem, mas juraria que também não é esse. Na imagem abaixo podem ver uma foto relativamente recente dessa zona, onde foi instalado o serviço oficial de controlo e apoio das pescas.


E agora, pondo esse assunto de lado, deitem a mão a uma caçadeira e vamos aos jacarés. Há sempre quem precise de um par de sapatos novos e nós tratamos de arranjar a matéria prima. Vamos a isso?



Os mosquitos do Niassa!

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Só quem lá esteve e assistiu a esse espectáculo é que sabe o que isso é. Se quiser ver uma fotografia que ilustra aquilo que quero dizer, clique no link seguinte.
nuvem de mosquitos

Melhor do que eu pensava!

Michumwa!

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Antigamente dizíamos Nova Coimbra. Consultando o mapa de Moçambique lemos Michum. Para quem transita nas estradas do Niassa aquilo que vê nas placas de trânsito é «Michumwa». Será o dialeto Nyanja que obriga ao acréscimo de duas letras extra? E qual será o seu significado?
Quem souber que me responda!

Tentações africanas!

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Guerrilheiras como estas nunca encontrei lá pelo Niassa!
Os pratos nas orelhas eram dispensáveis, o canhangulo arrumava-se para um canto e depois de um banhinho refrescante nas águas límpidas do lago pouca diferença faria da Sylvia Kristel! Alguma dúvida?

Au,au,au...!

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Julguei que só cão é que ladrava!
Quando cheguei a Metangula e ouvi os macacos ladrar fiquei de olhos arregalados. Depois tive uma breve lição de zoologia e fiquei a saber que há um animal com cara de macaco e que ladra como um cão, o macaco-cão. E sabendo isso já não me pareceu tão estranho assim ouvi-los ladrar.
Na estrada que partia de Metangula para Vila Cabral, via Nova Coimbra, havia sempre grandes bandos de macacos dessa espécie. Empoleiravam-se nas árvores e comiam mangas... à falta de melhor. De noite assaltavam as capoeiras, na povoação, e roubavam as galinhas ao povo para encher a pança.
Esta foto foi tirada na estrada Meponda - Lichinga por um dos membros de uma equipa de «médicos sem fronteiras» que andou por lá ajudando no controlo da sida.
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